PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL (CID)

A Democratização das Tecnologias

Objetivos

Este projeto tem como objetivo o uso adequado dos CID'S (Centro de Inclusão Digital)que antes de tudo deve priorizar a melhoria das condições de vida da região ou comunidade onde está inserido, com a ajuda da tecnologia.A expressão INCLUSÃO DIGITAL nasceu do termo "Digital divide", que em inglês significa algo como "Divisória Digital".O erro de interpretação é comum, porque muitos acham que incluir digitalmente é colocar computadores na frente das pessoas e apenas ensiná-las a usar o Windows e pacotes de escritório.Através da democratização do acesso e com ajuda da tecnologia disponível buscam-se a integração entre educação, tecnologia e cidadania, visando a transformação social.É comum nos dias de hoje ver empresas e governo falando em inclusão digital e democratização do acesso.Inclusão digital significa, antes de tudo, melhorar as condições de vida da população com a ajuda da tecnologia.Em termos concretos,incluir digitalmente não é apenas "alfabetizar" a pessoa em informática,mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores.Os CID'S inserem-se neste processo como sendo um lugar físico, de fácil acesso,que oferece gratuitamente serviços e telecomunicações, pessoas capacitadas num contexto de desenvolvimento social,econômico, educacional e pessoal.Através do desenvolvimento de ações competentes pode-se ampliar o conceito de inclusão digital como forma de integração entre educação,tecnologia e cidadania visando a transformação social.


Justificativa

Desde a implantação dos Centros de Inclusão Digital no Município de Ponta Grossa, em pontos estratégicos que visam contemplar a população ao entorno do mesmo, um erro torna-se evidente. Por estar fisicamente construído no espaço de uma determinada escola municipal, o mesmo foi usado para, unica e exclusivamente, a informática educacional. Isso limitou ou quase tornou nulo qualquer projeto de inclusão digital. A informática voltada à alfabetização faz parte, inegavelmente, da inclusão digital tão desejada, porém, limitar-se a ela é uma falha grave. A inclusão digital deve ser vista com toda a sua amplitude. Entende-se que uma escola provida de uma sala informatizada e sustentada por um projeto consistente como o PROINFO (Programa Nacional de Tecnologia Educacional) não necessita que se faça uso do CID pra tal. Professore capacitados estão lotados nesses estabelecimentos, mas que são vistos pela equipe técnica-pedagógica da escola como co-regentes, com horários totalmente comprometidos com a alfabetização, e contrariando a unanimidade dos autores que já produziram trabalhos a respeito do tema, sem o acompanhamento da professora regente da turma. Dessa forma, nem mesmo a informática educacional nesse espaço, está senda desenvolvida adequadamente. Conclui-se então que os CID'S não estão cumprindo com a sua função primeira e muito menos aquela erroneamente entendida pela equipe técnica-pedagógica da escola. Há de se discernir com clareza o que é "uma coisa" e o que é "outra coisa". Definir os espaços deve ser o primeiro passo para a realização de um bom projeto. O próprio governo federal faz isso quando delega a informática educacional (PROINFO) ao MEC (Ministério da Educação) e os projetos de inclusão digital MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Dessa forma fica claro que o Município deve, urgentemente, se adequar a esta visão para que possa desenvolver projetos realmente eficientes, tanto na informática educacional como na área de inclusão digital. Duas grandes frentes de trabalho na área de tecnologia devem ser contempladas com a mesma importância. Atuar de forma consciente em ambas é um dever do Núcleo Tecnológico da SME de Ponta Grossa.

"Em geral, podemos observar três focos distintos no discurso e nas propostas de inclusão. O primeiro, trabalha a inclusão digital voltada à ampliação da cidadania, buscando o discurso do direito de interagir e o direito de se comunicar através das redes informacionais.O segundo, focaliza o combate a exclusão digital como elemento voltado à inserção das camadas pauperizadas ao mercado de trabalho na era da informação. Assim, o foco da inclusçao tem o seu epicentro na profissionalização e na capacitação. O terceiro, está voltado mais à educação.Reivindica a importância da formação sócio-cultural dos jovens, na sua formação e orientação diante do dilúvio informacional, no fomento de uma inteligência coletiva capaz de assegurar a inserção autônoma do país na sociedade informacional.
Os três focos de discurso aparecem não como conflitantes, na maioria das vezes são interligados em uma mesma fala. No início, os projetos de inclusão digital referiam-se mais ao foco da profissionalização. Atualmente, estão cada vez mais reclamando a ampliação da cidadania e começa a surgir com mais força os discursos voltados ao fomento da inteligência coletiva local ou nacional. Da definição de foco podemos chegar ao objeto da inclusão digital.Vamos retomar a definição mínima de inclusão digital como a universalização do acesso ao computador conectado à internet, bem como, ao domínio da linguagem básica para manuseá-lo com autonomia. Nesse sentido, a política pública de inclusão digital pode ser analisada como uma política pública de acesso a alguns elementos ou instrumentos fundamentais da era informacional.A dimensão do acesso e escopo de cada projeto, programa ou política é definido pelos elementos que disponibiliza."

SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Exclusão digital: a miséria na era da informação. São Paulo:Perseu Abramo, 2001.Acedido em 12 de Fevereiro de 2013, em:
http://www.softwarelivre.gov.br/artigos/artigo02/social.


Metodologia

O projeto trata-se de um programa multifacetado, que conta com o apoio e a participação de diversos setores da sociedade.
- Os CID'S(Centros de Inclusão Digital) constituem-se como sendo o lugar físico, de fácil acesso equipado com mesas, projetores e microcomputadores conectados a internet. A sua criação se dá com os equipamentos disponíveis nos Laboratórios da Instituição.
-A capacitação técnico-pedagógico de agentes em espaços de inclusão digital é realizada através da elaboração das apostilas, discussão das tecnologias que serão utilizadas para a execução do projeto, bem como planejamento dos trabalhos que serão desenvolvidos.
-A inovação e a transferência tecnológica é ralizada através de projetos e práticas nos horários estabelecidos onde o público alvo conta com a presença do monitor e também nos períodos onde os CID'S ficam a disposição da comunidade para praticarem e acessarem a internet.
- os participantes em um programa de inclusão Digital extra-escolar sem dúvida precisam aprender a usar o Word, Excel,Powerpoint para construir competências que possam se traduzir na melhoria da qualidade de sua vida.


Conclusão

Tempos modernos exigem comportamento moderno e até mesmo o aprendizado de novas teorias e tecnologias. A ponto de um autor do quilate de Gilberto Dimenstein criar essa nova categoria de analfabetos funcionais, o "analfabeto digital".Hoje em dia, dados avanços tecnológicos, é fundamental que todos tenham acesso a terminais de computadores e saibam operar com alguns sistemas básicos que permitem,com grande velocidade e eficiência, digitar textos,fazer cálculos, trabalhar com imagens e gráficos, elaborar planilhas de contas, etc.Não cabe resistir ao avanço da tecnologia nesta dimensão, naturalmente. Contudo, vivemos tempos difíceis, de crises em multiplos planos, o que pode fazer com que, sob a falsa argumentação de que faltam recursos, prive-se o indivíduo de uma ferramenta hoje básica para que possa melhorar seu quadro social.Guardadas as devidas proporções,fazer isso hoje é como, no início da Revolução industrial, deixar de prover os camponeses com pás e enxadas metálicas sob a argumentação de que deveriam fazer como seus antepassados e utilizar os mesmos instrumentos de madeira do tempo feudal. Naturalmente, quem assim se posicionou frequentemente faliu diante do avanço da mecanização, da tecnologia ascendente. Hoje, temos de ceder aos avanços tecnológicos da pura e simples eficiência e é obrigação dos governos cuidar para que nenhum membro da comunidade fique fora desse contexto.